Rebeldias na História da Arte

  Abaixo estão fragmentos da história da arte que mostram como a rebeldia compõe a essência da Arte:

MODERNISME (1880-1910)


“O MATERIAL SE REVELARÁ NA RIQUEZA DE SUAS CURVAS ASTRAIS, O SOL BRILHARÁ ATRAVÉS DOS QUATRO LADOS E SERÁ COMO UMA VISÃO DO PARAÍSO.” Gaudi sobre a Casa Batlló


Modernisme é o nome que um movimento semelhante ao art nouveau recebeu na Catalunha, Espanha, entre 1880 e 1919. Ele despontou de dois movimentos culturais e intelectuais, o romantismo nacional e o progressismo. O primeiro deles promoveu o estudo e a retomada da arquitetura e do idioma catalão, em busca de uma identidade regional, e o segundo olhava em direção à ciência e tecnologia a fim de criar uma sociedade moderna. Essas ideologias aparentemente conflitantes se uniram, resultando no modernisme, dando origem a um grande período na arquitetura no qual os monumentos se tornaram símbolos poderosos da identidade cultural popular. Mais de mil edificações do movimento continuam a existir.
     
    Antoni Gaudí junto com outros arquitetos de Barcelona estavam na linha de frente desse movimento separatista.

Vitral Catalão


Catedral em Barcelona por Gaudí

Arquitetura de Gaudí


Gaudi Chimneys 2, Palau Guell, Barcelona


EXPRESSIONISMO (1900-1920)


“POIS EU OS REPRESENTAREI, TOMEI O LUGAR DELES E TRANSMITI SUA IMAGEM POR MEIO DE MINHAS VISÕES. É A PSIQUE QUE FALA.” Oskar Kokoschka


    Expressionismo é um termo que foi amplamente aplicado ao teatro, às artes visuais e à literatura no início de século XX. No plano da história da arte, o expressionismo passou a ser usado como alternativa ao pós-impressionismo, para se referir às novas tendências antiimpressionistas presentes nas artes visuais que estavam se desenvolvendo em diferentes países, desde aproximadamente 1905. Essas novas formas de arte, que faziam uso simbólico e emotivo da cor e da linha eram, em certo sentido, uma inversão do impressionismo: em lugar de registrar uma impressão do mundo que o cercava, o artista imprimia seu próprio temperamento sobre sua visão de mundo. Esse conceito de arte foi de tal modo revolucionário que “expressionismo” tornou-se sinônimo de arte “moderna” em geral. Dois grupos em particular, A Ponte e O Cavaleiro Azul, constituíram as principais manifestações do expressionismo alemão.
   Com sua ênfase às emoções subjetivas, as raízes do expressionismo se encontram no simbolismo e na obra de Van Gogh (pós-impressionismo).




Mulher Sentada, Egon Schiele
Abandono, Goeldi


O Grito, Edvard Munch 1893

ESCOLA DA LATA DE LIXO (1905-1915)

 

“O QUE PRECISAMOS DE FATO É DE UMA ARTE QUE EXPRIMA O ESPÍRITO DAS PESSOAS DE HOJE.”
Robert Henri

   Ashcan School (Escola da Lata do Lixo) é um termo aplicado originalmente em tom de zombaria aos primeiros pintores americanos realistas das primeiras décadas do séc. XX, cujo tema predileto eram os aspectos mais precários e árduos da vida urbana. No final do século XIX, nos Estados Unidos, muitos achavam que a tradição acadêmica, apoiada pelo establishment, negligenciava o cenário contemporâneo.       
  Esituação em breve seria desafiada pelo influente e carismático Robert Henri (1865-1929). Ex aluno de Thomas Eakins na Academia de Belas-Artes da Pensilvânia, Henri absorveu o estilo de realismo gráfico de Eakins e sua crença de que a pintura somente pode “consistir da apresentação de coisas reais e existentes”. Definitivamente pouco entusiasmado pelas últimas manifestações dos impressionistas, durante uma viagem que fez a Paris em meados da década de 1890, ele regressou à Filadélfia imbuído da missão de criar uma arte engajada com a vida.  







Sol Vermelho, George Bellows 1919


CUBISMO (1907-1923)

 

“A VERDADE ESTÁ ALÉM DE QUALQUER REALISMO E A APARÊNCIA DAS COISAS NÃO DEVERIA SER CONFUNDIDA COM A ESSÊNCIA.”
Juan Gris

    A origem do Cubismo, talvez o mais famoso dos movimentos de vanguarda no séc. XX, tem sido tema de inúmeras teses  entre os historiadores da arte. Os mais antigos davam crédito ao espanhol Pablo Picasso (1881-1973) como seu único progenitor; mais tarde as honras foram compartilhadas também com o Francês George Braque (1882-1963). As Alegações de precedência, quanto a Picasso, giram em torno de seu quadro Les Demoiselles d'Avignon (1907), que recorre a mudanças de perspectiva. No entanto, naquele mesmo ano, Braque já exercia uma análise intensa e contínua da obra de Paul Cézanne.

    Braque se interessava particularmente pelo método de Cézanne de retratar três dimensões recorrendo a múltiplas perspectivas, e pelo modo como construía formas a partir de diferentes planos, que pareciam deslizar ou passar uns através de outros. Essa técnica (passage, em francês) conduz um lhar a diferentes áreas da pintura, e ao mesmo tempo que cria um sentido de profundidade, chama a atenção para a superfície da tela e projeta-se no espaço do observador, uma das principais características do cubismo.

    Picasso e Braque além de trabalharam juntos propunham que o cubismo era um tipo de realismo, que transmitia o “real” com maior convicção e inteligência do que várias espécies de representação ilusionistas predominantes no Ocidente desde a Renascença.
Com esse atitude eles rompem com os estatutos renascentistas vigentes e princípios do séc XX, principalmente com o da Perspectiva, já que nos quadros cubistas desaparecem absolutamente as perspectivas tradicionais.


O Cubismo passou por duas fases:
1ª Fase Analítica: fase onde a decomposição do objeto em formas geométricas ocorre de maneira analítica, ou seja, através da análise do próprio objeto.






Bandegón com Caveira - Georges Braque,  1938


2ª Fase Sintética: nessa fase o artista se libera da imagem pictórica de um objeto rela e cria livremente formas cubistas, valendo-se da sua imaginação.

Three Musicians - Pablo Picasso 1921



O Três Músicos - Pablo Picasso


  DADÁ (1915-1923)

 

“BUSCAMOS UMA ARTE ELEMENTAR QUE SALVE A HUMANIDADE DA FURIOSA LOUCURA DE NOSSOS TEMPOS”
Jean Arp recorreu ao acaso para aniquilar o passado...

  
    O Dadá foi um fenômeno internacional e multidisciplinar, e significou tanto um estado mental ou modo de vida quanto um movimento. Os conceitos e ideias dadaístas se desenvolveram em Nova York, Zurique, Paris, Berlim, Hanover, Colônia e Barcelona, durante e após a Primeira Guerra Mundial, à medida que jovens artistas se agrupavam com o intuito de expressar sua indignação pelo conflito. Para eles os horrores da guerra, em escala cada vez maior, provavam a falência e a hipocrisia de todos os valores estabelecidos. Eles se voltaram não só contra as instituições políticas e sociais, mas também contra o establishment da arte, que, numa sociedade burguesa, se alinhava ao desacreditado status quo sociopolítico. Acreditavam que a única esperança para a sociedade era destruir aqueles sistemas baseados na razão e na lógica, substituindo-os por valores ancorados na anarquia no primitivo e irracional.

     O principal problema de todas as manifestações artísticas estava, segundo os dadaístas, em almejar algo que era impossível: explicar o ser humano. Na esteira de todas as outras afirmações retumbantes, Tzara decreta: 

"A obra de arte não deve ser a beleza em si mesma, porque a beleza está morta".

    No seu esforço para expressar a negação de todos os valores estéticos e artísticos correntes, os dadaístas usaram, com frequência, métodos deliberadamente incompreensíveis. Nas pinturas e esculturas, por exemplo, tinham por hábito aproveitar pedaços de materiais encontrados pelas ruas ou objetos que haviam sido jogados fora.
    Foi na literatura, porém que a, ilogicidade e o espontaneísmo alcançaram sua expressão máxima. No último manifesto que divulgou, Tzara disse que o grande segredo da poesia é que "o pensamento se faz na boca". Como uma afirmação desse tipo é evidentemente incompreensível, ele procurou orientar melhor os seus seguidores dando uma receita para fazer um poema dadaísta:

  • Pegue um jornal.
  • Pegue a tesoura.
  • Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar a seu poema.
  • Recorte o artigo.
  • Recorte em seguida com atenção algumas palavras que formam esse artigo e meta-as num saco.
  • Agite suavemente.
  • Tire em seguida cada pedaço um após o outro.
  • Copie conscienciosamente na ordem em que elas são tiradas do saco.
  • O poema se parecerá com você.
  • E ei-lo um escritor infinitamente original e de uma sensibilidade graciosa, ainda que incompreendido do público


    Embora muitas das propostas dadaístas pareçam infantis aos nossos olhos modernos, precisamos levar em consideração o momento em que surgiram. Não é difícil aceitar que, para uma Europa caótica e em guerra, insistir na falta de lógica e na gratuidade dos acontecimentos deixa de ser um absurdo e passa a funcionar como um interessante espelho crítico de uma realidade incômoda.

Manifesto dadaísta, 28 de Maio de 1918:
"...não estou nem pro nem contra, e ainda, não explico, porque detesto o sentido comum...
"Asco dadaísta"
"Abolição da memória: dadá"
"Abolição da arqueologia: dadá"
"Abolição dos profetas: dadá"
"Abolição de futuro: dadá"
"Crença absoluta indiscutível em cada produto imediato da espontaneidade: dadá..."


    Se se considera que a característica essencial do Dadaísmo é a atitude antiarte, Duchamp será o dadaísta por excelência. De fato, por volta de 1915, quando abandona a pintura, assume uma atitude de rompimento com o conceito de arte histórica, que caracteriza como "retiniana", expressão que remete, por um lado, à imediatez da imagem, e, por outro, ao modelo de visão exteriorizado que caracteriza a filosofia de Descartes, modelo que persiste ao longo dos séculos XV, XVI e mesmo até o XIX com a invenção da Fotografia.
   O ready made nomeia a principal estratégia de fazer artístico do artista Marcel Duchamp. Essa estratégia refere-se ao uso de objetos industrializados no âmbito da arte, desprezando noções comuns à arte histórica como estilo ou manufatura do objeto de arte, e referindo sua produção primariamente à idéia.
    O ready-made se caracteriza por uma operação de sentido que faz retornar o literário ao problema da arte, contrariando a ênfase modernista na forma do objeto artístico. O conceito de alegoria retorna na forma de uma operação que a materializa concretamente. E ao adotar tal operação de sentido, Duchamp termina por implicar mais que a obra de arte; é necessário tratar de toda a constelação estética que envolve a obra e da conjuntura de sentido que a produz, mas também a que a sustenta e sanciona.
   É o caso de "Fonte", de 1917. Apresentada no Salão da Sociedade Novaiorquina de artistas independentes, constitui-se a partir de um urinol invertido. A operação que o caracteriza é o deslocamento de uma situação não artística para o contexto de arte. Tal operação é marcada por sua apresentação como escultura e assinatura. À inversão física do objeto corresponde a inversão de seu sentido, que se espelha no corpo do espectador. Do mesmo modo, "Porta-garrafas"(1914, readymade) e "Roda de bicicleta" (1913, readymade assistido) tiram partido de um deslocamento e manipulação do objeto para tornar o sentido de sua aparição crítico.

A Fonte, Marcel Duchamp 1917


Menschen Mit Kopf - Humans With Brains, Erwin Blumenfeld 1921


Richard Boix, Da-Da (New York Dada Group), 1921



Recorte com Faca de Bolo - Hannah Höch  1919

NEODADÁ (1950-1965)

“A ARTE, EM VEZ DE SER UM OBJETO FEITO POR UMA PESSOA, É UM PROCESSO DESENCADEADO POR UM GRUPO DE PESSOAS. A ARTE É SOCIALIZADA.”
John Cage

    Sem jamais constituir um movimento organizado, o Neodadá foi um dos vários rótulos (incluíndo novos realistas, artistas factuais, polimaterialistas e artistas do objeto-comum) aplicados no final da década de 50 e nos anos 60 a um grupo de jovens artistas experimentais, muitos deles residentes em NY, cujas criações motivaram ferozes controvérsias. Havia, na época, uma grande tendência na arte em direção à pureza formal, como se nota na obra dos abstracionistas pós-pictóricos. Em deliberada oposição a isso, os neodadaístas se engajaram em mesclar materiais e excentricidade. Algumas vezes o neodadá é usado como um termo geral que abrange inúmeros movimentos novos surgidos durante os anos 50 e 60, tais como letrismo, arte beat, novo realismo e Internacional Situacionista.
    Para artistas como Robert Rauschenberg (1925), Jasper Johns (1930), Larry Rivers (1923-2002), entre outros, a arte deveria ser expansiva e inclusiva, apropriando-se de materiais não-artísticos, abarcando a realidade cotidiana e promovendo a cultura popular. Eles rejeitavam a alienação e o individualismo associados aos expressionistas abstratos, em favor de uma arte socializante que desse ênfase à comunidade e ao meio ambiente. A cooperação era uma característica de seu trabalho. Os neodadaístas se empenharam em projetos com poetas, músicos e dançarinos, e se ligaram aos outros artistas que manifestavam os mesmos propósitos, tais como os novos realistas. O resultado foi uma nova estética baseada na experimentação e na contribuição mútua.

Havia, na época, uma grande tendência na arte em direção à pureza formal a qual o neodadaísta vai se opor.

    Houve durante esse período uma renovação de interesse pelo movimento dadá e pelo obra de Duchamp, sobretudo nos EUA. A atitude dadaísta de "tudo é válido" foi, com certeza, acolhida pelos artistas, que, como os dadaístas originais, fizeram uso de materiais nada ortodoxos para protestar contra tradições da arte elevada. As colagens  de Pablo Picasso e Kurt Schwitters, os readymades e os esforços dos surrealistas no sentido de transformar o "maravilhoso" dos objetos cotidianos em uma linguagem pública compartilhada constituíram importantes fontes de inspiração para eles. Os conceitos da nova arte também estavam em sintonia com as novas ideias críticas. A obra de Jackson Pollock (ver Expressionismo Abstrato) foi reinterpretada pelo artista Allan Kaprow, que apontava mais para o mundo da cotidiana do que para a abstração pura.


   Alguns comentadores incluem a arte pop de Andy Warhol (1928-1987) e Roy Lichtenstein (1923-1997) no interior do movimento neodada; outros classificam Rauschenberg e Johns como artistas ligados à arte pop. Denominações à parte, o fato é que as colagens tridimensionais de Robert Rauschenberg, assim como as imagens planas e emblemáticas de Jasper Johns, abrem a arte norte-americana para a utilização de imagens e objetos inscritos no cotidiano, caminho que a arte pop vai explorar de modo sistemático pela incorporação das histórias em quadrinhos, da publicidade, das imagens televisivas e do cinema. As junk sculptures, realizadas nos anos de 1950 e 1960, aparecem freqüentemente associadas ao neodada, o que tampouco soa estranho. Os trabalhos pioneiros de David Smith (1906-1965), que fazem uso de refugo industrial, sucatas e materiais descartados, as obras de John Chamberlain (1927) - por exemplo H.A.W.K (1959), construído com carcaças de automóveis - ou os trabalhos de Ettore Colla (1899-1968), que realiza suas obras a partir de componentes de máquinas, sucatas e objetos quebrados, apelam, de modo semelhante, aos objetos comuns e à vida ordinária. Só que aí, as obras mobilizam sobretudo os elementos descartados, o lixo e as sobras que a sociedade industrial produz. Outras fontes mencionam ainda o Novo realismo dos anos 1960 - espécie de versão européia da arte pop -, como uma corrente diretamente ligada ao neodada. Arman (1928) - conhecido por suas assemblages de objetos descartados (Arteriosclerose, 1961 e Acumulação de Bules Partidos, 1964) - e Domenico Rotella (1918), que trabalha a partir de cartazes publicitários rasgados (O Asfalto na Noite, 1962) são dois nomes importantes dessa vertente.



Rauschenberg; Monogram, 1955-9

Andy Warhol, Campbell's Soup Can 

Ao usar “coisas que a mente já 
conhece” criou obras ambíguas 
e inquietantes, que eram 
simultaneamente pinturas 
abstratas e signos 
convencionais. A ambiguidade e 
o engajamento sociopolítico , 
ambos aprendidos com o dadá, 
eram característicos dos 



 Alvo com Modelos de Gesso, Jasper Johns 1955



NEO-EXPRESSIONISMO (1980-...)

 

“EU NÃO AGUENTAVA MAIS TODA AQUELA PUREZA, QUERIA CONTAR HISTÓRIAS.”
Philip Guston

     No final da década de 1970, vários artistas já estavam cansados da frieza emocional da arte abstrata geométrica, do Minimalismo e da Arte Conceitual. Também estavam desencantados com o novo estado de espírito do mundo artístico, segundo o qual qualquer coisa podia ser arte. Então, retornaram à pintura, e passaram a pintar com grande emoção, se expressando por meio de desenhos bastante crus feitos com tintas coloridas, quase sempre em telas de grandes formatos. Por compartilhar alguns aspectos do Expressionismo alemão do início do século XX, esses artistas foram chamados de neo-expressionistas. Uma influência fundamental para os neo-expressionistas foi o artista inglês Francis Bacon. Desde os anos 1940, ele pintava com materiais tradicionais (óleo sobre tela), mas seus temas eram extremamente carregados de emoção. Ele pintava figuras monstruosas muitas vezes com repulsivas expressões de angústia ou de raiva.
      
     O Neo-Expressionismo trouxe de volta traços que haviam desaparecido, como o conteúdo reconhecível, a referência histórica, a subjetividade e a crítica social. Ressuscitou a imagem, a pintura de cavalete, a escultura entalhada e moldada e a pincelada violenta, personalizada. Entre os neo-expressionistas, o grupo alemão é o mais conhecido. Eles foram chamados por alguns de Neus Wildens (As Novas Feras, como os fauvistas). A figura de proa do Neo-Expressionismo foi Joseph Beuys. Professor e artista, ele ensinou uma geração de jovens alemães a reexaminar sua história sem ilusões. Beuys era um radical na arte como na política. Foi também um artista performático e montou espetáculos irracionais, como a conversa com um coelho morto. Tal como o milagre econômico alemão no pós-guerra, Beuys reenergizou a arte alemã.
Georg Baselitz tornou-se conhecido por pintar figuras de cabeça para baixo, a fim de tornar as pinturas abstratas e menos reconhecíveis. Baselitz abordou a Segunda Guerra Mundial e suas conseqüências. Nos anos 1960, pintava pilotos arrogantes e pés rosados gangrenosos. Quando criança testemunhou o bombardeio de Dresden, em 1945, o que inspirou um trabalho importante, “45”. Essa obra consiste em vinte quadros grandes, em madeira, de rostos de mulheres de cabeça para baixo. Transcedendo o efeito cômico, aparece a madeira violentamente marcada, em que imagens atacadas com cinzel, serra elétrica e plaina parecem estar sob fogo cerrado. Também produziu esculturas de figuras talhadas com serra elétrica em troncos de árvores, mas essas não estão de cabeça para baixo.

Georg Baselitz - Dog Boy 1966


Georg Baselitz, Schwarz


Gerhard Richter, Papel Higiênico 1965



Gerhard Richterm, Abstraktes Bild





 
Referências / fontes:

DEMPSEY, Amy - Estilos, Escolas e Movimentos, Editora Cosac Naify, SP 2003
RAGON, FERRUA, VALENTI, BERTHET e MANFREDONIA - Arte e Anarquismo, Editora Imaginário, RJ 2001.

Na web:
Wikipédia
http://archives-dada.tumblr.com/
http://www.itaucultural.org.br
http://poulwebb.blogspot.com.br



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